quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Camisa, tradição e inovação - 3º uniforme e comemorativas

    Entre os conceitos de moda e beleza, muitos uniformes esportivos, passam por aprovações (ou não) dos destinatários finais, os torcedores.
    Por vezes os clubes lançam camisas som os mesmos tons símbolo da equipe, mostrando claramente que será mais direcionada para vendas. E o próprio clube não faz grande furor, ou com lançamentos próximos, em casos que não foi possível aliar a tradição e vendas dos artigos.


 Direitos: umbro.com/westham

    A adidas criou meios de interação além da pesquisas, em que o torcedor poderia montar modelos de camisa, livremente pelo site, e o molde poderia ser usado como fonte de dados e gostos, e até como base de modelos futuros,



    A intenção das marcas é criar o desejo pelo artigo e obter uma onda de novidade à cerca dos novos produtos, porém do outro lado da balança há o clube, e seu estatuto que deve ser levado em consideração. Ou seja o clube muitas vezes se remete à tradição e faz as vezes do torcedor.
Porém nessa regra existem exceções por causa da 3ª camisa, pois a intenção é temporária e comercial, assim as versões comemorativas e rosa para o público feminino tem um prazo de validade de produto mais curto, cerca de 3 meses.

    O fluxo natural seria da fabricante para o clube, mas há casos de pedidos do presidente ou conselho para alguma edição especial, como fez Mario Gobbi na intenção de homenagear o craque Rivelino pela camisa branca com listras pretas e finas, referência da década de 70.

   Como há o processo de análise/aprovação do desenho e fabricação de amostras para aprovação de matéria, o caminho se torna longo e quanto mais estágios internos de aprovações de diretores, a fabricação final pode sair depois de mais de um ano.

   De volta ao retrô, induz o público mais velho ao uso de camisas de times, pois quando começaram a ser comercializadas, na década déc. 50 no Reino Unido somente as crianças usavam, e a moda vintage remete à tempos de glória dos clubes.

FONTES:
eupraticosport.com.br 23/09/16
 guiadoboleiro.com.br 23/08/16
trivela.uol.com.br   16/03/15

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Vôlei Brasileiro, resistência contra crise

   Diante da crise nacional, não somente econômica mas em âmbito social, o esporte como reflexo direto dos investimentos privados e no caso do vôlei, muito estatal, os abatimentos nas equipes principais já são visíveis.

                                                        Imagem: IStoé Atualizado em 12.05.16

  Segundo Maurício Jahu, ESPN Brasil, todas as equipes da superliga feminina reduziram os orçamentos para temporada 2016/17.
Até mesmo os mais poderosos Osasco e Rio de Janeiro, e o Sesi de Sp com declínio drástico.
No masculino, apenas Sada Cruzeiro, Sesi e Taubaté mantiveram grandes nomes e continuaram investindo para a temporada, os demais sofreram para equilibrar o caixa e a equipe, e diante dessa perspectiva o campeão deve sair desse grupo.
  Em entrevista ao Diário de São Paulo o campeão olímpico Serginho demonstrou grande preocupação com futuras gerações e estado do esporte nacional.
  Para ele ainda temos gerações fortes para o ciclo seguinte, mas a geração para daqui 8 anos tem que ser semeada desde já, e a crise afeta diretamente os clubes da superliga : "o vôlei nacional respira por aparelhos", completa. Em outra ocasião na Tribuna Pr, 2016, Serginho acredita que o ranking pode gerar desequilíbrio de investimento e desemprego de atletas de alto nível. Pois os clubes não teriam condições de manter grandes atletas e segundo a norma do ranking não pode haver acúmulo de atletas de alto escalão nos mesmos times, como recentemente aconteceu em casos de Lipe e Riad.
Mais um caso decorrente da crise noticiado pelo Jornal nH, junho/2016,
o São José não disputará a superliga por problemas financeiros, por isso o Vôlei sul que se transferiu para Maringá, também por falta de aporte financeiro e patrocínios, ocupará a vaga.
   A CBV, atualmente conta com patrocinadores, porém os clubes encontram dificuldades, entre os apoiadores, Banco do Brasil, Delta, Gatorade,Mikasa, Gol, Olimpikus, Sky, Nivia, Ey. Emissoras Globo, SporTV, Globo esporte.com e RedeTV.
   O vôlei como patrimônio nacional multicampeao mundial e olímpico, deverá se reinventar em meio à crise o esporte conta com o apego do público brasileiro e a imagem de um esporte para a família que deve ser preservado.
Fontes:
ESPN.com - maio 2016
Diário de Sp - Agosto 2016
Tribuna PR - setembro 2016
Jornal nH - Junho 2016

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Futebol e mercado argentinos - pé de obra e ponto de vista

   Uma pergunta paira no ar na relação entre o futebol argentino e brasileiro, mesmo sendo mercados vizinhos e de alto nível praticado, brasileiros não têm muita tradição em fazer história em clubes Hermanos.

   Em termos de aquisição, somente Boca Jr e River Plate teriam condições financeiras para tal, e contratações que fariam diferença no disputado apertura e clausura. Além do investimento, os salários também estão em outro patamar. Exemplos disso ,Iarley e Luís Alberto, no Boca, um positivo e outro negativo respectivamente, porém sem maiores destaques, e lá se vão 7 anos.¹

   Em janeiro de 2014, entrou em vigor uma norma de registro de atletas de futebol, os quais só poderiam então, ter o registro na federação realizada por clubes. Se aproximando do formato Fifa, na busca de barrar grupos de investidores, faturamento dos direitos esportivos e livre ação dos empresários, inclusive com conta bancária especial controlada.


   Um dos grandes problemas de inflacionamento o mercado brasileiro é justamente a ação de empresários em negociações acima do mercado e puxando os valores gerais do mercado de forma artificial.²
   Em termos de valores , há quatro anos nos tempos de pujança entre os clubes brasileiros, o abismo em relação aos argentinos era imenso. As cotas de TV de Flamengo e Corinthians estava na casa de 45 milhões de reais, e os mais modestos clubes da série A recebendo 15 milhões, como Goiás e Portuguesa, enquanto que na Argentina Boca e River recebiam 11 milhões cada. Em patrocínios, Corinthians R$ 42 milhões e São Paulo R$ 38 milhões, e Boca mais River R$ 5 milhões.
Quanto à repatriação de jogadores Ronaldinho gaúcho recebia (quando em dia) R$1,2 milhões e Riquelme já no Boca, R$ 220 mil mensais.³

   Estima-se que no mercado brasileiro o pé de obra atualizado é de 90 estrangeiros na primeira divisão nacional e desses 47 argentinos.
Em 2014 a CBF recebeu pressão e tomou a medida de aumentar o número de estrangeiros permitidos de 3 para 5 por equipe, e o preconceito em relação aos hermanos assim como corporativismo dos técnicos brasileiros vem diminuindo a cada temporada.4

   A procura no futebol portenho se dá principalmente pela crise ressaltada na base brasileira, com um gap de meias armadores e centroavantes, mas em mercado o Brasil seria a China das Américas, com 6x1 em relação aos pagamentos argentinos nas mais diferentes categorias, diferença a qual já foi maior mas devido à crise e desvalorização da moeda nacional diminuíram a diferença.

Fontes:
1 terceirotempo.bol.com.br
2 meu sport
3notatico.com
4 calle2.com
Imagem futebolporteno.com.br

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Problemas e Saídas de marketing para o caso Corinthians

   Uma das únicas saídas avistadas pela diretoria do clube é ou era a venda dos ''naming rigths'' da arena Itaquera . Porém nem a auditoria prevista para o meio do ano apresentou os resultados esperados, por que alega-se que não se encontram os gastos oficias da arena, a comissão para tratar do assunto pediu mais 90 dias para o caso a partir de Setembro.Diante de uma cenário de troca de técnicos, descoordenada, mostra para o mercado algum desalinhamento de idéias.

   Sem garotos propaganda, imagem anteriormente ocupada por Tite, o departamento de marketing passada observava pelo lado positivo, para exploração efetiva da marca maior Corinthians, porém particularmente grandes astros e com imagem social bem vista são ótimas para a marca enquanto enquanto exploração de e exposição, fortalecendo como um todo a imagem da instituição.¹
   A ideia da gestão própria dos espaços da arena caiu por terra após haver controla de uma gestão separada somente para o estádio. Dentre as principais promoções seria a transformação de um setor específico em um "oásis de entretenimento".¹

   Ainda no tema "terceirização", a Apollo Sports possui acordo e liberdade de negociar em nome do SCPP, e angariar investimentos pontuais, como uma espécie de rodízio, porém parece uma ação paliativa uma vez que não garante a sustentabilidade das contas do clube.²

   Por fim a marca de cerveja Estrela Galícia por 3 anos de contrato sem valores divulgados, segundo algumas fontes o clube está perto da exploração da camisa em 70 milhões e sem contar o patrocínio da cervejaria, que para ser concluído dependeu da ruptura entre Corinthians e AmBev.

Fontes: 
1- Exame.com.br
2- 90min.com

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Bayern de Munique adere à plataforma de conexão digital - Dugout

   Mais um europeu se conecta com os torcedores através do DUGOUT, buscando conexão personalizada para a base de fãs.

    A nova forma de comunicação digital promete aos fãs uma conexão jamais antes vista e de conteúdo exclusivo antecipado. Não só Bayern Munich mas Barcelona, Arsenal, PSG, Liverpool, Milan e
Juventus também contarão com as possibilidades de interação da plataforma.

     Os clubes e jogadores contarão com perfis oficiais e a promessa de intimidade aos atletas nunca antes experimentada pelos torcedores. Não só de jogadores mas dos personagens envolvidos no futebol e lendas dos clubes europeus.

O que há de diferente em relação aos canais próprios?


 Direitos : https://twitter.com/elliotr1971


    O próprio nome já sugere, a imersão realizada pela plataforma e integração entre as mídias.
Conexão de bastidores mais profunda e antecipada, ou por outra interpretação levando o torcedor ao banco de reservas no futebol, será lançado em novembro em 9 línguas.

https://fcbayern.com/en/news/2016/10/press-release-fc-bayern-and-dugout

http://digitalsport.co/biggest-clubs-in-the-world-on-board-for-dugout#

https://twitter.com/elliotr1971

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Red Bull : Ter uma equipe de corrida ou dar asas aos carros?

   A Red Bull utiliza técnicas de aproximação com o público agressivas, com claros suportes à modalidades esportivas radicais na essência do patrocínio de eventos e esportes expoentes, permanece no um imaginário dos jovens e adeptos de adrenalina atrelada à praia do esportiva.
   A fórmula 1 requer grande investimento, mas é uma modalidade que atiça os instintos dos torcedores com sucesso. Para se patrocinar uma equipe de fórmula 1 com retornos vantajosos pasta a marca é imprescindível associação de marca /equipe e longos anos de investimentos como podemos destacar o caso malboro/MC laren na década de 90, no qual a própria pintura dos carros se desenhava como se via em caixas de cigarros da época, o subconsciente ficava marcado com tal relação óbvia.


   Diante do cenário de investidores de corrida e patrocinadores a Red Bull optou por fundar a própria equipe, não só mirando sucesso esportivo, que até determinada temporada era secundário. O ''pull'' de marketing que gera até hoje para a imagem da marca, pois a estratégia do boca a boca envolvida a mídia e qualquer citação do espectador menciona a marca de forma espontânea.
A aproximação em pauta se deu nos autódromos, camarotes e beiras de pista, afinal arrancadas, ultrapassagens seriam mais emocionantes com uma bebida energética? 

   Além de poder fazer lançamentos de novos produtos por meio de um espaço exclusivo de um fórmula 1. Em campanha para o lançamento do Star Wars episódio 4, 2005, em parceria com Lucas Films, os carros e equipe foram estilizados.
Já não bastasse a pintura exclusiva, ao ver os mecanicos vestidos de Stormtroopers e o mecanico chefe de Dart Vader, os jovens se identificaram fortemente com a intenção da marca gerando mais aproximação.

   O efeito cascata do boca a boca (estratégia da marca), é medido principalmente por meio das redes sociais e eventos relacionados à marca, em sua maioria, radicais. Os investimentos em eventos universitários também são relevantes, e agregam aos jovens uma certa parceria declarada das duas partes, como a competição de carros alegóricos que são jogados ao lago, muito popular nos EUA e Europa.
   Com a exposição global da marca na fórmula 1, o patamar que a marca perseguia se posicionar se tornou evidente, e com/através do esporte se fortalece como a maior do setor.

Fontes:


Imagem 2: alamy.com

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Futebol nem aqui e nem na China, ainda!

    A China é o país que mais investe em futebol no mercado mundial, e persegue vôos mais altos,
a partir de políticas de estado, como quase tudo que se coloca em prática no país, o futebol tomou conta da pauta.

Entre as principais e acertadas medidas estão:
  1. A inclusão na base do currículo escolar, buscando os 50 milhões de praticantes entre 2015-2020;
  2. Comissão especial de desenvolvimento específico do futebol;
  3. Fazer parte da elite das seleções nacionais e sediar uma copa do mundo até 2050;
  4. Recuperar e investir no futebol feminino.

    Mesmo sendo um plano audacioso, não haverá poupança de esforços, uma vez que o presidente se declara fanático por futebol e outras modalidades chinesas beiram a perfeição.
O país não tem tradição de esporte universitário e busca investimento privado em grandes empresas como o grupo Alibaba, que detém o Guangzhou Evergrande.

Fonte : Sitrefesp

    No tripé, qual seria a premissa de investimento, os asiáticos não tiveram dúvida, contratam pesados alguns nomes do futebol mundial e alguns dos melhores brasileiros atuando aqui, o que leva à ampliação do contrato de transmissão que na temporada 2015 chegou à 1,3$ bilhões, trinta vezes mais que o valor anterior.

    Resta esperar e ver se será um novo case de investimento, prospecção e marketing que esfriou depois de algumas temporadas, como o Japão, ou se o fôlego chinês resistirá além dos acréscimos.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Libertadores: cópia da Champions League?

   A libertadores da América poderá ser prolongada de março à novembro a partir da temporada 2017.

Créditos :Best.day.com/Igorsantos


   O saldo da reunião de 27/09, aponta para as mudanças quase imediatas, uma vez que a maioria dos clubes, que provavelmente não planejaram o ano, não contava com tais resoluções.

   Representante brasileiro, Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético Mineiro esteve presente no encontro, no qual foi adiada a decisão de final única em ambiente "neutro", sob alegação de benefícios para times da casa em 70% das finais recentes.

   Entretanto, há a questão se fazem parte do plano estratégico da Comembol os objetivos discutidos, uma vez que o mercado esportivo e torcedores foram pegos de surpresa com resoluções até o momento.

   Pode-se contestar se seriam benéficos ou não, no âmbito esportivo e comercial, porém não é uma discussão simples e envolve 12 países, à praticamente seis meses do início da "Liberta Champions".

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Man United convoca torcedores da final da FA Cup 77

     O Manchester United lançou uma campanha nos últimos dias que soa nostálgica e demonstra exaltação pelos ídolos de conquistas passadas, mas dessa vez personificando o astro, protagonista do fato, o torcedor.

    A simples presença torna o torcedor comum com ponto de vista próprio do que se passou dentro e fora de Wembley em 1997 contra o rival Liverpool, no camisa 10 do jogo.


    Toda a ação, além de resgatar, intenciona atingir o maior número de espectadores presentes no evento histórico, e para além, colher benefícios secundários, atingindo indiretamente descendentes jovens e fortalecendo o fator de ligação utópica geralmente feita com torcedores que fizeram parte das finais ou jogos mercantes.

    Os Red Devils são os que mais arrecadam em termos de marketing no mundo do futebol. E para atingir tal patamar o relacionamento com o público é trabalhado com segmentos diversificados, mas não só, ações que buscam envolver a comunidade esportiva local, afetando-a pela força da gravidade das aspirações do clube, alavancadas de maneira intangível mas operativa.

    Com o aniversário de 40 anos daquele maio de 77, o museu e as redes sociais do clube lançam mão de um evento cheio de histórias para se ouvir e uma das melhores décadas para seguir o United.

FONTES:

http://www.manutd.com/en/Fanzone/News-And-Blogs/2016/Sep/Manchester-United-museum-seeks-fans-with-memories-of-1977-FA-Cup-final-victory-over-Liverpool.aspx

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A guitarra e a bola - Inglaterra e Escócia

   O Rock'n roll inglês e escocês figurou na GB (Grã Bretanha) com grande apelo político e grande exposições dos principais expoentes nas décadas pós guerra.

   O bom e velho rock alavancou grandes espetáculos em clássicos e amados estádios não só nos EUA berço principal de sua origem mas em grandes palcos pela Europa.

   Costumo associá-lo a um filho órfão de inúmeros pais, o qual com a ausência de qualquer um, faltaria ou comida, ou abrigo ou suas multifacetadas vestes.


   Principalmente na Inglaterra e Escócia, nomes ainda hoje marcantes na história da música,  deixaram sua marca também no esporte, alguns como praticantes mas a maioria como ferrenhos torcedores. Quem não faz a relação com a figura de Mick Jagger dos "Stones" com as derrocadas eliminações de times e seleções de futebol nos últimos anos?

   Ou das imensas citações da imprensa dos Beatles em filiações com Liverpool ou Everton.
A atitude considerada "rock" nas décadas passadas se evidenciou em campo, com Cantona, do Manchester United, talvez a figura mais controversa nos anos 80 e 90 na Inglaterra superando muitos outros nomes. Arrependido? Seria como Bowie se envergonhar de "Ziggy the stardust".

   Desta forma equipes locais se apoderaram de ídolos globais para reforçar identidade e atingir muitos segmentos de mercado de torcedores não explorados.

   Existem teorias que Paul e Lennon ouviam ou assistiam, de tempo em tempos, o que era relativo aos clubes de Liverpool mas não eram fanáticos por nenhum. Entretanto jogadores do Liverpool já foram citados em canções e até mesmo apareceram em capas de disco (Sgt. Pepper).

   Malcom e Angus Young ,do AC/DC, torcem para o Rangers da Escócia, enquanto seu rival Celtic conta com Rod Stuart na base de fãs. A banda Kaiser Chiefs é toda Leeds United, equipe outrora vitoriosa na Inglaterra. Robert Plant vocalista do Led Zepelin reverencia o Wolverhampton.

   Como peças de marketing alguns foram fundamentais como construção da identidade local, contando com apresentações regulares dos ilustres apaixonados por futebol.

Fontes:

http://rivalidadebritanica.blogspot.com.br/2013/07/celebridades-que-torcem-ou-simpatizam-clubes-britanicos.html

Gould. J. CAN'T BUY ME LOVE. Editora Larousse, 2010.

http://www.lfconline.com/news/tmnw/our_very_own_fab_four_155844/index.shtml

http://www.dailymail.co.uk/tvshowbiz/article-2996128/Rod-Stewart-takes-nine-year-old-son-Alastair-football-match-without-Penny-Lancaster-Mother-s-Day.html

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Dos Hooligans >> ao BRExit na Premier League Britânica

   Diante das medidas da Grã- Bretanha, o que pode mudar?

   O modelo da Premier League, como empresa, não é um modelo prontamente aplicável em qualquer cenário, porém mostra padrões que foram adotados e surtiram efeito significativo no meio do futebol, que não só em termos de negócio, hoje se apresenta como uma das melhores ligas em termos técnicos e competitivos.


                                                                                             Direitos próprios


   A gestão se deu de forma conjunta com governos locais e comunidades, já que a era "hooligana" marcou profundamente a cultura esportiva do país, e a liga sozinha não seria capaz de estancar todos os problemas que influenciavam diretamente na organização do campeonato.

   Direitos próprios

   A redistribuição das cotas de TV teve grande peso sob esse aspecto, levando ao aspecto de competitividade equilibrada fortalecendo dessa forma a liga como um todo assim como a torna mais atraente para torcedores que têm acesso aos jogos ao vivo ou pela televisão.

   A proporção entre recebimento de mais verba oriunda da liga na Grã-Bretanha, se aproxima de 1 para 2, ou seja o último recebeu metade de verba do que o que mais angariou, que não necessariamente foi campeão.

Direitos próprios

   Acredita-se que a principal aplicação que poderíamos ter em outras ligas nacionais é a desvinculação à violência gratuita e ameaçadora em eventos com grande torcida.

   O grande afastamento experimentado por todos os interessados nos esportes de massa é a questão da violência atrelada, que afasta qualquer família de locais com movimentações grandes de torcidas.

   Desta forma, órgãos reguladores só conseguirão resultados concretos com punições pesadas aos clubes, obrigando-os a se reinventarem, assim como aconteceu com a Inglaterra que ficou entre 1985-90 sem participar de competições europeias, depois da batalha na final entre Liverpool e Juventus com o triste relato de mais de 30 mortes no verdadeiro campo de batalha fora do estádio.

   Somente depois de tais medidas teremos maior procura das torcidas pelos eventos, aumentando a base de fãs ativa, porém um enorme desafio ainda não muito abordado pelas autoridades da liga é o Brexit.

BREXIT

   Após o anúncio de saída dos britânicos do bloco comercial da União Européia, certamente regulações das ligas nacionais que são unificadas na Premier League ( exceto a Escócia) serão afetadas e assim como ligas locais e divisões menores, pois o livre trânsito de qualquer cidadão do bloco europeu, garantia o trabalho sem restrições locais, nos países britânicos.

   Dessa forma muito provavelmente as regras esportivas no país devem seguir o direcionamento nacional na regulação trabalhista, e limitações quanto ao número de jogadores estrangeiros e possíveis naturalizações, como era a mainstream de anos anteriores à UE.

   De maneira geral, a contribuição estrangeira na liga é latente, e tais medidas podem acelerar a maior participação de ingleses, escoceses e galeses, porém contar com um declínio técnico desinteressante para a instituição e espectadores.

   Por tal, as regras certamente terão de ser revistas e talvez relaxadas para que os clubes não sejam afetados de forma brutal e não perca os principais atletas estrangeiros.

BBC : Destaque para mais de 300 atletas nas primeiras divisões britânicas que podem ser afetados após a divisão.

Fontes:
http://www.bbc.com/sport/football/35919247

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Conexão do torcedor esportivo e a escada de ligação

   Os canais mais acessados nas ligações entre o esporte as pessoas são a prática, mentores, jogos ou fantasy games, o local, a mídia e o "boca a boca".Atingindo os mais diferenciados tipos de escala de relação, em termos de força e altivez dos fãs, com alguns degraus de separação entre eles começando com o grau de envolvimento chamado indiferente, passando pelo curioso, que se estende para os gastadores, os colecionadores, agregados, conhecedores e por fim os fanáticos.
Direitos Cassio Zirpoli

   De forma autoevidente é possível notar o papel e participação de cada escalão, talvez os que se confundem em termos de definição são os gastadores e agregados. Vamos falar um pouco deles. Os gastadores são aqueles que têm disposição não somente em gastar seus recursos em jogos específicos ou uma modalidade esportiva mais relevante para o seu gosto pessoal, mas qualquer evento que envolva experiências que o dinheiro possa pagar ou estar em lugares especiais nos jogos, ele estaria disposto a ir no pós-jogo com os amigos e familiares à bares e restaurantes, e é mais propenso a gastos com entretenimento e produtos exclusivos como cachecóis específicos de uma partida.

   Já no caso dos agregados, a figura representada seria de participação ativa no contato e interação com os agentes do espetáculo. É de interesse dos mesmos em estar em todas as sessões de autógrafos possíveis e ter contato com atletas em reuniões nas sedes, conhecer as relações entre clubes e jogadores. Geralmente possuem ou se filiam à fã clubes, não no caso de torcidas organizadas, e participam hoje em dia de chats e trocas de mensagens com jogadores, são uma audiência fiel e é demonstra boa recepção no contato direto com a equipe.


Alternativas para escalar a escada de envolvimento dos torcedores:
  1. Investimento em fantasy games próprios ou envolvimento dos patrocinadores nos games de ligas.
  2. Aparecimento em eventos que são alheios ao meio esportivo para atingir em cheio torcedores curiosos e indiferentes
  3. Promover a imagem altruísta e humanitária, como atividades com crianças e órgãos não governamentais.
Fontes:

Ren, Kotler, Hamlin, Stoller. Escada de envolvimento dos torcedores High Visibility, 3 ed.( Nova York: McGraw-Hill, 2006), p.95.

domingo, 4 de setembro de 2016

Estádio Telstra Austrália - Naming Rigths Arena - Brasil

Relações evidenciais e práticas de exploração do espaço de arena.

   Temos poucos exemplos no Brasil do tipo de concessão conhecido como naming rights, ou  utilização temporária da marca. A associação da marca não só representa a exposição da mesma nos espaços públicos das arenas, ou seja não é uma simples ligação à construção, que de maneira geral, é monumental e recebe eventos vultuosamente expostos.

   Trata-se da ligação da ideia da marca e seu posicionamento em relação aos acontecimentos relativos, seja eventos, uso dos espaços ou venda de produtos, e para que essa identidade seja percebida. Considera-se algum tempo, normalmente tais tipos de contrato são de no mínimo 5 anos, com injeção de investimentos do concessor. Ou seja a exploração do ambiente pode ser feita de muitas formas porém com a aprovação e vantagem para o concessor.

   Outro motivo para longos contratos é que as marcas estabelecem identidade quando são lançadas em conjunto com a estrutura, uma vez definida, a mudança de tal identidade é relativamente cara e com mais obstáculos. Exemplos quase únicos no país são a Kyocera Arena do Clube Atlético Paranaense, desde 2005, e recentemente da Arena Fonte Nova e Pernambuco com a Itaipava, e Arena Corinthians em vias de fechamento com o grupo Kalunga.´

Direitos : Jes

   Os meios de exploração são infindáveis em um ambiente esportivo, porém não implica um investimento baixo, um exemplo interessante fora do eixo NBA-NFL nos Estados Unidos com grandes marcas de diferentes segmentos, é o estádio Telstra em Sidney (AUS). Mesmo com um conceito em baixa de estádios monumentais e com mais de 100 mil lugares pode ser repaginado para uso de três principais modalidades australianas, Rugby, Futebol australiano e Críquete.
 
   O conceito de exploração do estádio se baseia em receber grandes eventos e atrair jogos das seleções nacionais, além de vasta exploração dos seus 3.500 camarotes. A concessão no caso foi de 31 anos a começar por 1999, e busca o conceito de tecnologia com sistemas de digitais e fibra ótica para transmissão, além de rede de internet aberta mesmo nos arredores, lounge conectado, aplicativo próprio, a empresa de comunicação Telstra executa suas ações como estimular o envio de mensagens pelo celular que avoluma a utilização da rede da operadora, se mostrando uma estratégia muito eficiente.
Direitos: Edwin Lee

   Claramente o investimento não se mostra baixo mesmo no início, porém o retorno em termos crescimento do público total de ano para ano se mostra na casa dos 35%, e mesmo assim não representa a principal renda, o marketing envolvendo venda de camarotes comerciais, restaurantes, marcas, mensalidade dos sócios, venda de alimentos e merchandising tem grande parcela do lucro dos ambientes esportivos. O cenário esportivo é a área física nos arredores dos estádios capaz de afetar a vontade dos espectadores em termos de comparecer e retornar ao estádio para participar de um evento.(Shank, 2002)


Direitos : Dillon Gillard
   Investimentos em dólares australianos:


  • Construção 690 milhões

53 bares
12 saguões e resaurantes para sócios
124 pontos de alimentação
92 catracas com capacidade de 1.400 pessoas em cada
350 televisores


  • Dimensões:

58 metros de altura
Largura: caberiam 4 boings 747 lado a lado

Fontes:

Livro: Shank,M. Sport marketing: a strategic perspective. Nova Jersey: Prentice Hall,2002.

http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/ponto_de_vista/2013/06/06/naming-rights-risco-ou-oportunidade.html

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/02/1736872-raridade-no-brasil-naming-rights-batiza-26-dos-31-estadios-da-nfl.shtml

http://www.corporico.com.br/blog/naming-rights-o-que-e-e-como-funciona/

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Case Atlético de Madrid – Um añito en el infierno, camiño al cielo

   Um forte e recente exemplo de resgate de identidade no futebol europeu é o Atleti, após o descenso para 2ª divisão da La liga, houve forte impacto nas estruturas do clube que enxergou no marketing uma saída que traria benefícios à longo prazo e fortaleceria a marca diante da torcida “colchonera”. A estratégia alternativa seria a contratação de grandes nomes do futebol e ganhos técnicos mais imediatos, porém dependeria de grandes valores em investimentos neste segundo caso.
O marketing radical adotado ficou evidente em fases, assumindo que não seriam anos fáceis nas temporadas seguintes, através de slogans como temporada no inferno, e expondo questionamentos de identidade da torcida, como na campanha em que o filho questiona o pai sobre o por que de serem “Atleti”,e como mensagem afirmativa de que há coisas muitos grandes para serem definidas em palavras.

 Imagem própria

   Apostando em situações de motivação e auto-exposição as campanhas publicitárias se mostraram efetivas em atingir o emocional dos torcedores fiéis e geralmente fiéis. O meios para realizar a publicidade sem grande investimento foram o marketing de vizinhança com “Outdoors”, publicidade gratuita (publicity), seção exclusiva no jornal local, e geração de notícias. Desta alguns objetivos enquanto entidade e clube foram sendo reafirmados, como o tratamento dos torcedores de forma mais humana, usar as pesquisas de mercado com mais cautela, não visando somente o investimento face o lucro final, relacionar o sucesso da instituição diretamente com o apoio da torcida.

   Na segunda fase das campanhas é possível demarcar o tom de anti-desespero, como nos slogans escolhidos, “Acontece à todos, a vida é feita de altos e baixos, permanecer é um ato de maturidade” e “ Manchester e Milan já estiveram aqui também.”
Em uma terceira passagem o reforço de que a união da torcida é importante e sem ela o time não conseguirá sair da situação incômoda de crise, passando a mensagem de quem é sócio e torcedor nunca abandonaria as cores do clube, e que eles são diferentes.

   Com o intuito de levantar o feedback do que as estratégias de marketing estavam surtindo, as pesquisas direcionavam questões sobre o que os torcedores sentiam naquele momento, perspectiva de futuro e nível de envolvimento.

   Por anos o clube permaneceu "apelando" para aspectos sentimentais da fiel torcida, até que os resultados esportivos reforçassem a ideia de recuperação do clube. Com o crescimento exponencial de jogadores como Gabi e Falcão Garcia, e a direção de Aragonez e posteriormente Diego Simeone, o Atlético veio ao longo dos anos chegando em mais finais da Copa do Rei da Espanha e com grandes desempenhos na Liga Europa da qual foi campeão por duas vezes 2009/10 e 2011/12. E finais da Champions em 2014 e 2016, o time voltava à tempos de consagração perante o cenário internacional.
   O décimo título do Espanhol viria então em 2014, consagrando a recuperação do clube, hoje o Atlético de Madrid é o quarto colocado no ranking da UEFA 2016 e 23º em valor de marca, ranking 2015 (Brand Finance), e presencia uma das melhores fases do clube.

Fontes:
http://pt.uefa.com/memberassociations/uefarankings/club/ 29/08/16

http://brandfinance.com/images/upload/football_50_2015_report_for_print.pdf 29/08/16

http://espn.uol.com.br/noticia/411562_apos-12-anos-atletico-deixa-a-2-divisao-se-reconstroi-e-ganha-la-decima-antes-do-real Acesso : 27/08/16

http://www.marketingdeportivomd.com/2014/09/atletico-del-infierno-la-gloria-en-15.html 29/08/16

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Jogos Olímpicos Rio2016 - A origem dos fãs


Pontos conectores evidentes nos Jogos do Rio2016

   Há pontos conectores no esporte que efetivamente atingem e definem a fidelidade do torcedor, segundo Kotler,2008, pode-se estabelecer conectores fundamentais, sendo eles os astros e os locais. Ou então o esporte como ferramenta de conexão da comunicação social, já nos casos de comunicação de busca, se evidenciam na experiência direta, incerteza inerente e sentimento de utopia.
Os casos mais explícitos de ligação com os astros durante os jogos foram sem sombra de dúvida com Usain Bolt e Michael Phelps, com uma fortuna acumulada,basicamente vinda de patrocínios estimada em $71 milhões e $44 milhões respectivamente, ambos com feitos extraordinários e por muitos considerados sobre-humanos, essa ideia de domínio unânime é um prato cheio para o relacionamento dos fãs com o esporte e com marcas ativadas.

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Usain Bolt descontraído na primeira posição dos 100m rasos. (Kai Pfaffenbach/Reuters)

   Em menor escala observamos a ginasta americana, Simone Bales , que participou pela primeira vez do evento mas se mostrou uma potencial dominadora de elementos diferentes da modalidade, mas ainda está em começo de carreira olímpica e não se compara aos estrelismos de Bolt e Phelps, que respectivemente têm dois dos contratos publicitários mais lucrativos do esporte olímpico atualmente. Em uma escala maior, porém, com menos comoção a seleção americana de basquete exerce um domínio desestimulante, e em muitos casos desinteressante para o esporte, por tal, até para a modalidade os jogos olímpicos rivalizam com a liga americana NBA.
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   A relação com o lugar no Rio de Janeiro, se deu em modalidades que já haviam histórico de prática como o Maracanã, Maracanãzinho, arenas de vôlei de praia e pela arena de basquete, pela forte relação do Flamengo com o basquetebol nacional. As outras praças esportivas se mostraram um ambiente de exploração para os visitantes, verdadeiros centros de fascínio.
Os pontos de relação familiar, acredito, que foram repassados por entes familiares que assistiram ao evento pela televisão nas últimas edições, já que nunca havia sido sediado na América Latina, e poucos teriam acesso ao acompanhamento in loco.

   Porém é muito provável que relações familiares olímpicas e por que não, esportivas, tenham sido geradas e fortalecidas durante os jogos, pelo clima latente e boas lembranças da competição.
No quesito moeda social de troca, foi absurdamente explorado durante os jogos principalmente por redes sociais e foi difícil se manter alheio ao espetáculo que estava ocorrendo no Brasil.

   A incerteza inerente ao esporte é um dos principais atrativos procurados pelos fãs, e como a oferta de modalidades e de atletas para quem torcer era absurda, ponderou como um fator de alavancagem do interesse do público, assim como o ponto da utopia de um esporte clássico disputado em moldes semelhantes aos da antiguidade, e recordes sendo quebrados, talvez essa cultura esportiva e união dos povos permaneça mais forte do que qualquer um poderia imaginar antes do evento, visto o cenário geral, que estávamos inseridos e sendo otimista, esse legado pode ser  muito bem aproveitado para o melhor oferecimento do produto esportivo e do público sedento por alto desempenho.

Fontes:
Rein,I.; Kotler, P.; Shields, B.Marketing esportivo : A reinvenção do esporte à procura de torcedores, Bookman, 2008.

Infomoney , http://www.infomoney.com.br/carreira/salarios/noticia/5447777/usain-bolt-deixa-michael-phelps-para-tras-quando-assunto-dinheiro Acesso 24/08/16.