quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Libertadores: cópia da Champions League?

   A libertadores da América poderá ser prolongada de março à novembro a partir da temporada 2017.

Créditos :Best.day.com/Igorsantos


   O saldo da reunião de 27/09, aponta para as mudanças quase imediatas, uma vez que a maioria dos clubes, que provavelmente não planejaram o ano, não contava com tais resoluções.

   Representante brasileiro, Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético Mineiro esteve presente no encontro, no qual foi adiada a decisão de final única em ambiente "neutro", sob alegação de benefícios para times da casa em 70% das finais recentes.

   Entretanto, há a questão se fazem parte do plano estratégico da Comembol os objetivos discutidos, uma vez que o mercado esportivo e torcedores foram pegos de surpresa com resoluções até o momento.

   Pode-se contestar se seriam benéficos ou não, no âmbito esportivo e comercial, porém não é uma discussão simples e envolve 12 países, à praticamente seis meses do início da "Liberta Champions".

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Man United convoca torcedores da final da FA Cup 77

     O Manchester United lançou uma campanha nos últimos dias que soa nostálgica e demonstra exaltação pelos ídolos de conquistas passadas, mas dessa vez personificando o astro, protagonista do fato, o torcedor.

    A simples presença torna o torcedor comum com ponto de vista próprio do que se passou dentro e fora de Wembley em 1997 contra o rival Liverpool, no camisa 10 do jogo.


    Toda a ação, além de resgatar, intenciona atingir o maior número de espectadores presentes no evento histórico, e para além, colher benefícios secundários, atingindo indiretamente descendentes jovens e fortalecendo o fator de ligação utópica geralmente feita com torcedores que fizeram parte das finais ou jogos mercantes.

    Os Red Devils são os que mais arrecadam em termos de marketing no mundo do futebol. E para atingir tal patamar o relacionamento com o público é trabalhado com segmentos diversificados, mas não só, ações que buscam envolver a comunidade esportiva local, afetando-a pela força da gravidade das aspirações do clube, alavancadas de maneira intangível mas operativa.

    Com o aniversário de 40 anos daquele maio de 77, o museu e as redes sociais do clube lançam mão de um evento cheio de histórias para se ouvir e uma das melhores décadas para seguir o United.

FONTES:

http://www.manutd.com/en/Fanzone/News-And-Blogs/2016/Sep/Manchester-United-museum-seeks-fans-with-memories-of-1977-FA-Cup-final-victory-over-Liverpool.aspx

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A guitarra e a bola - Inglaterra e Escócia

   O Rock'n roll inglês e escocês figurou na GB (Grã Bretanha) com grande apelo político e grande exposições dos principais expoentes nas décadas pós guerra.

   O bom e velho rock alavancou grandes espetáculos em clássicos e amados estádios não só nos EUA berço principal de sua origem mas em grandes palcos pela Europa.

   Costumo associá-lo a um filho órfão de inúmeros pais, o qual com a ausência de qualquer um, faltaria ou comida, ou abrigo ou suas multifacetadas vestes.


   Principalmente na Inglaterra e Escócia, nomes ainda hoje marcantes na história da música,  deixaram sua marca também no esporte, alguns como praticantes mas a maioria como ferrenhos torcedores. Quem não faz a relação com a figura de Mick Jagger dos "Stones" com as derrocadas eliminações de times e seleções de futebol nos últimos anos?

   Ou das imensas citações da imprensa dos Beatles em filiações com Liverpool ou Everton.
A atitude considerada "rock" nas décadas passadas se evidenciou em campo, com Cantona, do Manchester United, talvez a figura mais controversa nos anos 80 e 90 na Inglaterra superando muitos outros nomes. Arrependido? Seria como Bowie se envergonhar de "Ziggy the stardust".

   Desta forma equipes locais se apoderaram de ídolos globais para reforçar identidade e atingir muitos segmentos de mercado de torcedores não explorados.

   Existem teorias que Paul e Lennon ouviam ou assistiam, de tempo em tempos, o que era relativo aos clubes de Liverpool mas não eram fanáticos por nenhum. Entretanto jogadores do Liverpool já foram citados em canções e até mesmo apareceram em capas de disco (Sgt. Pepper).

   Malcom e Angus Young ,do AC/DC, torcem para o Rangers da Escócia, enquanto seu rival Celtic conta com Rod Stuart na base de fãs. A banda Kaiser Chiefs é toda Leeds United, equipe outrora vitoriosa na Inglaterra. Robert Plant vocalista do Led Zepelin reverencia o Wolverhampton.

   Como peças de marketing alguns foram fundamentais como construção da identidade local, contando com apresentações regulares dos ilustres apaixonados por futebol.

Fontes:

http://rivalidadebritanica.blogspot.com.br/2013/07/celebridades-que-torcem-ou-simpatizam-clubes-britanicos.html

Gould. J. CAN'T BUY ME LOVE. Editora Larousse, 2010.

http://www.lfconline.com/news/tmnw/our_very_own_fab_four_155844/index.shtml

http://www.dailymail.co.uk/tvshowbiz/article-2996128/Rod-Stewart-takes-nine-year-old-son-Alastair-football-match-without-Penny-Lancaster-Mother-s-Day.html

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Dos Hooligans >> ao BRExit na Premier League Britânica

   Diante das medidas da Grã- Bretanha, o que pode mudar?

   O modelo da Premier League, como empresa, não é um modelo prontamente aplicável em qualquer cenário, porém mostra padrões que foram adotados e surtiram efeito significativo no meio do futebol, que não só em termos de negócio, hoje se apresenta como uma das melhores ligas em termos técnicos e competitivos.


                                                                                             Direitos próprios


   A gestão se deu de forma conjunta com governos locais e comunidades, já que a era "hooligana" marcou profundamente a cultura esportiva do país, e a liga sozinha não seria capaz de estancar todos os problemas que influenciavam diretamente na organização do campeonato.

   Direitos próprios

   A redistribuição das cotas de TV teve grande peso sob esse aspecto, levando ao aspecto de competitividade equilibrada fortalecendo dessa forma a liga como um todo assim como a torna mais atraente para torcedores que têm acesso aos jogos ao vivo ou pela televisão.

   A proporção entre recebimento de mais verba oriunda da liga na Grã-Bretanha, se aproxima de 1 para 2, ou seja o último recebeu metade de verba do que o que mais angariou, que não necessariamente foi campeão.

Direitos próprios

   Acredita-se que a principal aplicação que poderíamos ter em outras ligas nacionais é a desvinculação à violência gratuita e ameaçadora em eventos com grande torcida.

   O grande afastamento experimentado por todos os interessados nos esportes de massa é a questão da violência atrelada, que afasta qualquer família de locais com movimentações grandes de torcidas.

   Desta forma, órgãos reguladores só conseguirão resultados concretos com punições pesadas aos clubes, obrigando-os a se reinventarem, assim como aconteceu com a Inglaterra que ficou entre 1985-90 sem participar de competições europeias, depois da batalha na final entre Liverpool e Juventus com o triste relato de mais de 30 mortes no verdadeiro campo de batalha fora do estádio.

   Somente depois de tais medidas teremos maior procura das torcidas pelos eventos, aumentando a base de fãs ativa, porém um enorme desafio ainda não muito abordado pelas autoridades da liga é o Brexit.

BREXIT

   Após o anúncio de saída dos britânicos do bloco comercial da União Européia, certamente regulações das ligas nacionais que são unificadas na Premier League ( exceto a Escócia) serão afetadas e assim como ligas locais e divisões menores, pois o livre trânsito de qualquer cidadão do bloco europeu, garantia o trabalho sem restrições locais, nos países britânicos.

   Dessa forma muito provavelmente as regras esportivas no país devem seguir o direcionamento nacional na regulação trabalhista, e limitações quanto ao número de jogadores estrangeiros e possíveis naturalizações, como era a mainstream de anos anteriores à UE.

   De maneira geral, a contribuição estrangeira na liga é latente, e tais medidas podem acelerar a maior participação de ingleses, escoceses e galeses, porém contar com um declínio técnico desinteressante para a instituição e espectadores.

   Por tal, as regras certamente terão de ser revistas e talvez relaxadas para que os clubes não sejam afetados de forma brutal e não perca os principais atletas estrangeiros.

BBC : Destaque para mais de 300 atletas nas primeiras divisões britânicas que podem ser afetados após a divisão.

Fontes:
http://www.bbc.com/sport/football/35919247

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Conexão do torcedor esportivo e a escada de ligação

   Os canais mais acessados nas ligações entre o esporte as pessoas são a prática, mentores, jogos ou fantasy games, o local, a mídia e o "boca a boca".Atingindo os mais diferenciados tipos de escala de relação, em termos de força e altivez dos fãs, com alguns degraus de separação entre eles começando com o grau de envolvimento chamado indiferente, passando pelo curioso, que se estende para os gastadores, os colecionadores, agregados, conhecedores e por fim os fanáticos.
Direitos Cassio Zirpoli

   De forma autoevidente é possível notar o papel e participação de cada escalão, talvez os que se confundem em termos de definição são os gastadores e agregados. Vamos falar um pouco deles. Os gastadores são aqueles que têm disposição não somente em gastar seus recursos em jogos específicos ou uma modalidade esportiva mais relevante para o seu gosto pessoal, mas qualquer evento que envolva experiências que o dinheiro possa pagar ou estar em lugares especiais nos jogos, ele estaria disposto a ir no pós-jogo com os amigos e familiares à bares e restaurantes, e é mais propenso a gastos com entretenimento e produtos exclusivos como cachecóis específicos de uma partida.

   Já no caso dos agregados, a figura representada seria de participação ativa no contato e interação com os agentes do espetáculo. É de interesse dos mesmos em estar em todas as sessões de autógrafos possíveis e ter contato com atletas em reuniões nas sedes, conhecer as relações entre clubes e jogadores. Geralmente possuem ou se filiam à fã clubes, não no caso de torcidas organizadas, e participam hoje em dia de chats e trocas de mensagens com jogadores, são uma audiência fiel e é demonstra boa recepção no contato direto com a equipe.


Alternativas para escalar a escada de envolvimento dos torcedores:
  1. Investimento em fantasy games próprios ou envolvimento dos patrocinadores nos games de ligas.
  2. Aparecimento em eventos que são alheios ao meio esportivo para atingir em cheio torcedores curiosos e indiferentes
  3. Promover a imagem altruísta e humanitária, como atividades com crianças e órgãos não governamentais.
Fontes:

Ren, Kotler, Hamlin, Stoller. Escada de envolvimento dos torcedores High Visibility, 3 ed.( Nova York: McGraw-Hill, 2006), p.95.

domingo, 4 de setembro de 2016

Estádio Telstra Austrália - Naming Rigths Arena - Brasil

Relações evidenciais e práticas de exploração do espaço de arena.

   Temos poucos exemplos no Brasil do tipo de concessão conhecido como naming rights, ou  utilização temporária da marca. A associação da marca não só representa a exposição da mesma nos espaços públicos das arenas, ou seja não é uma simples ligação à construção, que de maneira geral, é monumental e recebe eventos vultuosamente expostos.

   Trata-se da ligação da ideia da marca e seu posicionamento em relação aos acontecimentos relativos, seja eventos, uso dos espaços ou venda de produtos, e para que essa identidade seja percebida. Considera-se algum tempo, normalmente tais tipos de contrato são de no mínimo 5 anos, com injeção de investimentos do concessor. Ou seja a exploração do ambiente pode ser feita de muitas formas porém com a aprovação e vantagem para o concessor.

   Outro motivo para longos contratos é que as marcas estabelecem identidade quando são lançadas em conjunto com a estrutura, uma vez definida, a mudança de tal identidade é relativamente cara e com mais obstáculos. Exemplos quase únicos no país são a Kyocera Arena do Clube Atlético Paranaense, desde 2005, e recentemente da Arena Fonte Nova e Pernambuco com a Itaipava, e Arena Corinthians em vias de fechamento com o grupo Kalunga.´

Direitos : Jes

   Os meios de exploração são infindáveis em um ambiente esportivo, porém não implica um investimento baixo, um exemplo interessante fora do eixo NBA-NFL nos Estados Unidos com grandes marcas de diferentes segmentos, é o estádio Telstra em Sidney (AUS). Mesmo com um conceito em baixa de estádios monumentais e com mais de 100 mil lugares pode ser repaginado para uso de três principais modalidades australianas, Rugby, Futebol australiano e Críquete.
 
   O conceito de exploração do estádio se baseia em receber grandes eventos e atrair jogos das seleções nacionais, além de vasta exploração dos seus 3.500 camarotes. A concessão no caso foi de 31 anos a começar por 1999, e busca o conceito de tecnologia com sistemas de digitais e fibra ótica para transmissão, além de rede de internet aberta mesmo nos arredores, lounge conectado, aplicativo próprio, a empresa de comunicação Telstra executa suas ações como estimular o envio de mensagens pelo celular que avoluma a utilização da rede da operadora, se mostrando uma estratégia muito eficiente.
Direitos: Edwin Lee

   Claramente o investimento não se mostra baixo mesmo no início, porém o retorno em termos crescimento do público total de ano para ano se mostra na casa dos 35%, e mesmo assim não representa a principal renda, o marketing envolvendo venda de camarotes comerciais, restaurantes, marcas, mensalidade dos sócios, venda de alimentos e merchandising tem grande parcela do lucro dos ambientes esportivos. O cenário esportivo é a área física nos arredores dos estádios capaz de afetar a vontade dos espectadores em termos de comparecer e retornar ao estádio para participar de um evento.(Shank, 2002)


Direitos : Dillon Gillard
   Investimentos em dólares australianos:


  • Construção 690 milhões

53 bares
12 saguões e resaurantes para sócios
124 pontos de alimentação
92 catracas com capacidade de 1.400 pessoas em cada
350 televisores


  • Dimensões:

58 metros de altura
Largura: caberiam 4 boings 747 lado a lado

Fontes:

Livro: Shank,M. Sport marketing: a strategic perspective. Nova Jersey: Prentice Hall,2002.

http://www.meioemensagem.com.br/home/marketing/ponto_de_vista/2013/06/06/naming-rights-risco-ou-oportunidade.html

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/2016/02/1736872-raridade-no-brasil-naming-rights-batiza-26-dos-31-estadios-da-nfl.shtml

http://www.corporico.com.br/blog/naming-rights-o-que-e-e-como-funciona/